segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A relação homem X natureza

Essa relação sempre que vem a nossa mente nos remete a uma relação de apropriação de um para com outro, do homem para com a natureza. Mas será que sempre foi assim? Na realidade se pararmos para pensar chegaremos a uma rápida conclusão: não. Não indo muito longe, aqui mesmo no Brasil, os nossos antecessores indígenas sabiam de forma nobre e respeitosa conviver com a natureza, utilizar de seus recursos sem findá-los, preservando-a em sua essência. Mas o homem (entenda aqui o homem europeu) não queria viver dessa forma tão rudimentar, queria dar continuidade a sua crescente ambição de enriquecimento, dominando a natureza e explorando seus recursos de forma desenfreada, queria crescer. Passando do campo para as cidades, e com o advento da industrialização viu sua ambição atingir status inigualáveis, e com igual crescimento da geração de capital veio a destruição desenfreada da natureza e seus recursos. Em nenhum momento sequer cogitou que alguns desses recursos eram finitos e se não tivesse cuidado poderia jamais tê-los novamente. 

Quando o homem ( e aqui entenda a humanidade de um modo geral em épocas variadas ) começou a se dar conta dos estragos que causara sua “apropriação” alguns deles já poderiam ser irreversíveis: mudanças climáticas, extinção de espécies animais e vegetais provocando desequilíbrios dos ecossistemas  e as mudanças das chuvas regionais com suas variadas conseqüências. Tudo isso acontecendo mesmo o homem sendo um ser dotado da mais aprimorada inteligência, um ser capaz de pensar antes de agir pelos seus instintos, capaz de pesar as conseqüências de sues atos. 
         
Graças a quem queira acreditar, alguns começaram a pensar nas conseqüências, alguns começaram a pensar que algo diferente poderia ser feito. Começou-se a pensar em preservação, em menor intervenção e até mais recentemente em sustentabilidade. Grupos de discussão se originaram, ONGs foram criadas, leis foram sancionadas, e até mesmo um tratado foi protocolado na cooperação de vários países, o protocolo de Kyoto (discutiremos ele em outra postagem). Começa-se a falar também em uma ética ambiental, que se refere a conduta humana frente ao meio-ambiente no sentindo de preservar a natureza e prezar pela manutenção da vida, sendo o homem responsável por suas ações e consequências geradas. Surge também o conceito e aplicação da Bioética no Meio ambiente. Muitos exemplos nos mostram que o homem começou a tomar consciência e embora tenha começado a agir tardiamente, muito do que poderia estar perdido ainda poderá ser salvo caso o mundo se junte a essa causa: preservar o Meio Ambiente.

Fontes consultadas:

Regina Cardoso

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